Na vastidão do sul do hemisfério sul, onde as paisagens arrebatam os corações e enchem os olhos de admiração, encontra-se a Patagônia, um santuário da natureza selvagem que fascina cada alma aventureira que a pisa. Lar de territórios inóspitos e beleza indomável, essa região tornou-se um chamado irrecusável para os espíritos livres, ávidos por explorar os recantos mais puros e exóticos do mundo.
Em 2013, primeira vez que pisei na Patagônia, pude conhecer El Calafate, na Argentina, e Puerto Natales, Punta Arenas e Torres del Paine, no Chile. Como se não bastasse, nessa mesma viagem embarquei em um cruzeiro de expedição pelo Estreito de Magalhães até o Cabo de Hornos, trilhando os passos de Charles Darwin pela Terra do Fogo. Essa viagem não apenas marcou meu espírito de desbravador, mas também semeou uma conexão profunda com esse canto do planeta.
Retornei em 2015, impulsionado pelo desejo de me desafiar nas trilhas cobiçadas do Trekking W em Torres del Paine. Por cinco dias, enfrentei a imensidão das montanhas com um mochilão de 15 kg, percorrendo 71 km de puro êxtase e exaustão. Foi, sem sombra de dúvidas, a aventura mais intensa e enriquecedora da vida. Ainda em 2015, pude conhecer Chiloé, na Patagônia Norte.
Dois anos se passaram e aqui estou eu novamente, na minha amada Patagônia, desta vez a convite do Cruce Andino, para uma travessia pelos lagos que une Puerto Varas, no Chile, a Bariloche, na Argentina. Poucos lugares no mundo me proporcionam a paz que encontro aqui. A energia das montanhas, o ar que preenche os pulmões com pureza, o vento gelado que corta o rosto, os picos nevados que tocam o céu, a simplicidade da vida cotidiana, a gentileza de seus habitantes – tudo aqui é um lembrete constante da beleza da natureza.
As cores da Patagônia mudam com as estações, e em um único dia é possível experienciar neve, sol e chuva, uma dança caprichosa do clima que desafia a previsibilidade.
Em alguns dias volto para o Brasil, mas a Patagônia sempre estará em meu coração. Volto. Sempre voltarei.
