Acordamos às 9:30, super descansados do dia anterior. Demos uma pesquisada na internet para ver os pontos turísticos de Nova Delhi e decidir o que queríamos visitar, mas chegamos à conclusão que os principais pontos turísticos da cidade eram longe um do outro e que seria melhor comprar um tour fechado ou alugar um carro com motorista e sair cedinho outro dia.
Descemos para tomar café da manhã às 11:00 e fomos invadidos pela loucura que vimos ontem. Para que vocês entendam um pouco, estamos em uma rua chamada Main Bazaar, a principal avenida do distrito turístico de Paharganj, que está pertinho da estação de trem de Nova Delhi. O Main Bazaar é o lugal ideal para fazer compras, aqui você encontrará de tudo: roupas, artigos de decoração, acessórios, sapatos, artesanato e etc. E logicamente, muitos caos e barulho.
Durante a manhã, na busca de um restaurante, uma mulher com um bebê no colo nos seguiu durante uns dois minutos pedindo leite pra criança insistentemente e foi horrível não poder comprar nada pro bebê, já que se você compra para um, todos vêm atrás. Logo depois disso, o Átila se distanciou um pouco de mim e aconteceu algo repulsivo: um indiano, fingindo passar do meu lado, tocou a minha bunda. Já tinha lido no blog As Viajantes que eles esbarram em uma das meninas a viagem toda e só depois ela foi descobrir que eles têm loucura por ombros e braços. Pois bem, a primeira passada de mão no meu caso foi em baixo mesmo. Depois disso, me cobri inteira com o lenço que estava, mas não adiantava: a sensação de invasão e repulsa não passava. Decidimos entrar no Subway pra fugir do caos, a opção mais turística. Aquele nó na boca do estômago não passava e durou algum tempo.
Decidimos ir pro hotel descansar, já que as duas horas andando no centro turístico pareciam oito. Cochilamos e levantamos às 16h correndo e saímos de novo, dessa vez para ir a uma agência que um indiano nos recomendou pra decidir como iríamos pra Agra, para realizar o sonho de ficar frente a frente com o famoso Taj Mahal! Chegando na agência, analisamos todas as opções: ônibus, trem ou motorista particular e ficamos com a última, vou escrever um post completinho sobre isso. Aproveitamos para pedir indicação de um hotel na mesma região e nos indicaram o Aman International, ele está na mesma rua, mas achamos melhor. Iremos direto pra lá amanhã, quando voltarmos de Agra.
Com a viagem para Agra contratada e o novo hotel, subimos no Exotic Roof top, um bar e restaurante com vista para a cidade. Nos sentamos e decidi comer comida local:pedi um frango tikka masala com arroz branco e comemos felizes.
Foi ali que eu notei que a chegada à Índia teve um período de digestão de 24 horas. O medo inicial passou e eu comecei a ficar encantada com tudo que via e acho que a alegria tinha a ver com o fato de saber que em algumas horas eu veria o Taj Mahal.
Saímos do restaurante e fomos dar uma volta pelas lojas da rua, um programa imperdível para qualquer mulher que adora acessórios, como eu. Comprei uma bata indiana, pra andar ainda mais coberta e alguns brincos; é possível achar coisas lindas aqui pesquisando e negociando muito, a vontade que eu tenho é de levar tudo! O meu consumismo me atacou por aqui, mas acho que é a quantidade de acessórios com pedras, pashminas lindas, saiões coloridos… uma loucura positiva! 😀
Durante as compras, percebi algo que com certeza quem já visitou a Índia sentiu: há tanta poeira nas ruas e tanta sujeira e poluição, que eu evitava falar com o Átila porque a garganta ficava seca. Me dava nojo de molhar os meus lábios de tanto pó!
Depois das comprinhas, decidimos subir em outro restaurante para tomar uma água para hidratar e um bom chá para ver o anoitecer na cidade. O Átila me disse que apesar da poluição em todas as formas, a Índia já estava se tranformando em um dos destinos favoritos da viagem, e eu tenho que concordar. Quinta passada, conhecemos um pintor espanhol que viajou mais de 50 países e tem casas no brasil e na Espanha e quando falamos que o próximo destino era a Índia, ele disse: “não há nada igual no mundo, é um mundo à parte, muito especial”. Imagine quando ficarmos frente a frente com o Taj Mahal e começar a desbravar o Rajastão…!
Outra coisa que observamos é que sim, há muitas mulheres viajando sozinhas por aqui. É um fato, eles vão te olhar mesmo se você estiver completamente coberta, como eu estou fazendo, mas até com isso a gente se acostuma, apesar de irritar muito o Átila. Não vi nenhum tipo de violência, nem nenhuma mulher preocupada ou assustada, muito pelo contrário. Eu, que adoro ficar sorrindo pros outros, já desencanei e voltei a conversar com as pessoas na rua, apesar de muitos deles serem insistentes e seguirem a sua sombra por vários minutos tentando vender algo.
Voltamos para o hotel às 20 horas para descansar para o dia de amanhã. Tenho certeza que a Índia vai nos surpreender muito ainda!
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Posso ficar horas pesquisando posts no teu blog
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Por favor! 🙂
Excelente diário!
Viajei junto!