Alguns chamam de coincidência, outros de sincronismo. Independente do nome, o “fator surpresa”, quando positivo, torna a experiência inesquecível. Em uma tarde normal de sexta-feira, decidi sair um pouco e rever os templos perto do hotel. Passei pelo Wat Chedi Luang e logo depois decidi entrar no Wat Phantao, um dos mais antigos da cidade, construído no final do século XIV e que me chamou a atenção pela sua estrutura de madeira.
Percebi muito movimento na lateral do templo e decidi acompanhar, até chegar na parte de trás, onde encontrei um cenário diferente: muitos turistas, fotógrafos e locais sentados, espalhados por todos os lados observado um grupo de monges preparando algum evento. Eles se movimentavam distribuindo velas pelo ambiente, limpando as imagens de Buda. Perguntei para um casal ao meu lado se eles sabiam o que iria acontecer ali, e com o que ela disse, caiu a ficha: era dia 14 de Fevereiro, feriado público budista a nível nacional, dia de Macka Bucha. Além disso, ela me comentou que o local estava lotado de fotógrafos porque a celebração nesse templo era muito fotogênica.
O dia de Makha Bucha é celebrado pelos budistas no Laos, na Tailândia e no Camboja, no terceiro mês lunar para os budistas, que geralmente é em Fevereiro. É um dia completo dedicado à veneração de Buda e seus ensinamentos, onde os budistas têm como objetivos não cometer nenhum tipo de pecado e frequentar os tempos para orar e ouvir os sermões.
Anoiteceu e todos esperávamos ansiosos pelo começo da celebração, cada um lutando pelo seu espaço.
E os monges começaram a surgir, acendendo as centenas de velas espalhadas pelo local e dando início à cerimônia. Foi um dos momentos mais lindos, eu simplesmente não podia acreditar que por sorte cheguei no lugar e na hora certa.
Depois de algum tempo acendendo todas as velas, tudo estava pronto para a segunda fase da celebração: todos os monges entraram no templo, onde um dos monges liderou a cerimônia por mais ou menos 40 minutos.
O mais legal de tudo isso, é que o monge que liderava a cerimônia respeitava a presença dos turistas e em um certo momento, falou em inglês: “Agora vamos orar e sabemos que vocês não entenderão, mas espero que vocês ao menos se sintam mais calmos escutando.” Dito e feito. A cerimônia continuou na parte de fora, com todos os monges sentados em frente ao lago, enquanto o monge-líder continuava orando. Aquele idioma indecifrável, em ritmo musical, com o céu estrelado, as velas… foi como entrar em transe.
A cerimônia terminou com um discurso do monge em inglês, comentando a importância da meditação constante, para que todos fóssemos pessoas mais felizes e convidou todos os presentes a fazer um dos retiros de meditação disponíveis em Chiang Mai. Coincidência ou sincronismo, eu saí de lá com uma certeza: voltar para Chiang Mai para passar mais tempo com os monges e tentar absorver ao menos um pouco a cultura e filosofia budista.
Acabei de chegar aqui, via VNV, e estou maravilhada!! Blog fantástico, já está devidamente favoritado. As fotos são um caso à parte, perfeitas! Qual máquina e lentes vc usa? Irei para BKK e estou pensando em dar um upgrade na minha máquina por lá… Obrigada
Marina, obrigada por passar por aqui e pelo super comentário, fiquei super feliz! Uso a Canon 60D e a lente é a 18-55mm e às vezes a 50mm 1.8. Um beijo e boa viagem! 😉
Que experiência INCRÍVEL!!!
Cheguei ao seu blog pelo Viaje na Viagem. Quando vi o título do seu post “o dia do budismo…” fiquei torcendo para que fosse no período que estarei por lá. Mas, infelizmente não é (vou em dezembro).
Adorei seu blog! E pirei com as fotos, belíssimas! Parabéns!!!
oi gente
gostei muito desse site, parabéns pelo trabalho. 😉
Obrigado, Felipe! 🙂