O que fazer em Belo Horizonte: um roteiro de 72h de arte, cultura e natureza

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O cheiro de pão de queijo veio junto com o convite do Ministério do Turismo para passar um final de semana em Belo Horizonte, que no mesmo momento aceitei, já que há algum tempo eu pensava em conhecer Beagá. Cercada pela Serra do Curral, Belo Horizonte é uma capital que respira arte, cultura, história e gastronomia, essa pra lá de boa, sô. Foram 72 horas, três dias completos e intensos conhecendo Belo Horizonte, Inhotim e um pouco do Parque Estadual do Sumidouro. Para onde eu olhava em Beagá tinha arte, cultura e tinha história. Aliás, se tem um estado que tem história é Minas Gerais! Tinha Niemeyer, Portinari e Aleijadinho. Comi pão de queijo e pastel de angu com carne seca todos os dias. Provei das cachaças, as melhores do Brasil. Também tomei algumas cervejas artesanais, que invadiram a cena cervejeira da cidade nos últimos tempos. Escutar “Oncetá, dimaisdaconta, uai, trem bão, sô” me fez um bem danado. Aliás, povo gente boa é o povo de Minas! Se você está pensando em ir para Beagá, este post é para você que deseja saber o que fazer em Belo Horizonte e região, o meu roteiro de 72 horas na capital de Minas Gerais.

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Fotos: Átila Ximenes

72 Horas em Belo Horizonte – O meu roteiro

Minhas 72 horas por lá foram organizadas pela Libertas Viagens, uma agência de receptivo focada em turismo de experiências. Quando vi a programação fiquei assustado com a quantidade de lugares para conhecer, mas no final deu tempo cumprir com tudo. Tive um motorista particular, mas alugar um carro logo na chegada no aeroporto também é uma opção.

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Dia 01 – Complexo da Pampulha, Praça do Papa, Mirante dos Mangabeiras, Mercado Central e bares da Savassi

Saí de casa para o aeroporto de Guarulhos às 6h da manhã; voei de Azul e cheguei às 10h no aeroporto de Confins, que está a uma 1:20h de Belo Horizonte. Na chegada encontrei com o Marcos, meu motoguia – motorista e guia de turismo, que me acompanhou até o final da minha viagem. Caso você queira ficar livre, indico alugar um carro no aeroporto. Existem também várias opções de transfer entre Confins e Belo Horizonte.

Minha manhã foi dedicada a um circuito a la Niemeyer, onde conheci diversas obras de um dos ícones da arquitetura de nosso país. Começamos pela Cidade Administrativa Tancredo Neves, inaugurada em 2010 e sede do governo de Minas Gerais. Logo em seguida fomos em direção ao Complexo da Pampulha, região que é dona de alguns cartões postais da cidade. As margens da lagoa em pura harmonia com pássaros e outros animais que ali vivem, um conjunto de obras de Niemeyer dão vida ao lugar. Começamos pelo Museu de Arte Moderna (MAM), passamos pela Casa do Baile, pelo Iate Tênis Clube e antes da fome bater, chegamos na igrejinha da Pampulha, originalmente conhecida como São Francisco de Assis. Os contornos e estilo não negam a origem de seu projetor, Oscar Niemeyer, que ainda teve a ajuda do paisagista Burle Marx e do pintor Cândido Portinari, uma real obra de arte na beira da lagoa.

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Fotos: Átila Ximenes
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Foto: Átila Ximenes
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Fotos: Átila Ximenes

A fome bateu e segui até o  Restaurante Xapuri, que desde 1987 encanta os visitantes com os seus temperos e sabores. Logo na entrada senti o cheiro da lenha queimando no fogão, bem no estilo mineiro das antigas. Inaugurado em 1987, o Xapuri já recebeu vários prêmios gastronômicos e é uma referência na cidade quando o assunto é gastronomia mineira. Além de incríveis, os pratos são bem servidos.

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Fotos: Átila Ximenes

Após o almoço passamos pelo Mineirão, palco dos jogos da Copa do Mundo em Belo Horizonte, e seguimos o tour em direção à Praça do Papa e ao Mirante do Mangabeiras, lugar ideal para apreciar a cidade do alto. Seguimos o tour pela avenida Afonso Pena, Praça da estação e terminamos no Mercado Central.

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Fotos: Átila Ximenes

Após esse dia intenso fui fazer check-in no hotel e descansar, afinal, os botecos mineiros me esperavam 🙂 .Fiquei hospedado no BH Plaza Hotel, no bairro Lourdes. O hotel é simples, mas com uma cama bem confortável e um café da manhã com bastante opções, mas o que mais gostei foi da localização. Outras ótimas opções segundo a pontuação do Boobking são os hotéis: Royal Savassi Boutique Hotel, Promenade Toscanini, Royal Savassi Express Hotel, Belo Horizonte Othon Palace e o Promenade Lavras 150.

Lá pelas 21h saí do hotel e caminhei até a Savassi, região boêmia da cidade. Minha anfitriã da night belo-horizontina foi a Ju Afonso, amiga querida e jornalista especializada em política e turismo. A Ju me levou para dar uma volta pela Savassi, conheci alguns bares, comi pastel de angú <3 e em seguida fui para o hotel, afinal, o dia seguinte pedia bastante disposição para a maratona Inhotim.

Dia 02 – Inhotim

Às sete da manhã o meu despertador tocou e era hora de se preparar para conhecer o maior museu a céu aberto do mundo, o Inhotim. Localizado no município de Brumadinho, no Vale do Paraopeba, o Instituto Inhotim é uma propriedade privada que se transformou em um museu com um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo, e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.

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Fotos: Átila Ximenes

O Inhotim é gigantesco e se você gosta muito de arte é necessário no mínimo dois dias inteiros; caso você goste conhecer museus, mas não tão minuciosamente, pode fazer apenas um bate e volta e ficará feliz. A dica é chegar no máximo às 9h30 para aproveitar até o fechamento dos portões. Se escolher ficar dois dias, hospede-se em um dos hotéis por perto, veja aqui as opções. O Inhotim é incrível, vale a visita! No site oficial (www.inhotim.org.br) você encontrará informações básicas sobre como chegar, programação e outras informações.

Aberto de terça a sexta, das 9h30 às 16h30, sábados, domingos e feriados das 9h30 às 17h30. O valor dos ingressos variam entre 20 e 30 reais – valor para quem paga inteira, e as terças é gratuito. Escolha um calçado confortável, chapéu, e não esqueça de comprar sua garrafinha de água na entrada.

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Fotos: Átila Ximenes

 Dia 03 – Rota das Grutas, Museu Peter Lund, Gruta da Lapinha, Parque Estadual do Sumidouro, Casa de Fernão Dias e Cafofo Café & Arte

Depois de um dia inteiro conhecendo BH e outro conhecendo o Inhotim, nada melhor que dormir até as oito da manhã. 🙂 Arrumei minha pequena mala, tomei café, fiz check-out e meu motorista – chique isso, hein? – me esperava na porta do hotel. Meu último dia na cidade foi reservado para conhecer algumas das atrações da Rota das Grutas. Começamos pelo Museu Peter Lund, que é responsável por divulgar as decobertas e trajetória do naturalista dinamarquês considerado o pai da paleontologia brasileira. Peter chegou ao Brasil em 1835, na cidade de Lagoa Santa, em Minas Gerais, e morou por lá durante 45 anos. Nesse período ele explorou mais de 100 cavernas e descobriu cerca de 12 mil peças fósseis. No museu, além das salas de exposições, dois espaços informam aos visitantes como conhecer o Plano de Manejo e o Plano Espeleológico do Parque Estadual do Sumidouro, há também uma sala multiuso para projeção de filmes, e salas de exposições, sendo uma delas dedicada especialmente ao acervo cedido pelo Museu de História Natural da Dinamarca, um café e uma loja de souvenirs. Visitei o museu e em seguida fui conhecer a Gruta da Lapinha, que faz parte da visita guiada.

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A Gruta da Lapinha foi descoberta por Peter Lud em 1835, e está localizada em um maciço formado há cerca de 900 milhões de anos pelos restos de fundo de mar que cobria toda a região. Os salões são incríveis, os mais bonitos que já vi até hoje. Possuem 511 metros de extensão, atinge uma profundidade de 65 metros, em um percurso iluminado com leds, gerando economia de energia, diminuição de temperatura e outros benefícios para a gruta. A visita durou pouco mais de meia hora, é guiada e bem organizada pela administração do museu.

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Fotos: Átila Ximenes

Voltamos para o carro e seguimos em direção até a casa em que viveu o famoso bandeirante Fernão Dias.  A casa foi tombada pelo IEPHA em 1975, como marco da passagem do bandeirante por alí, e é uma das atrações da Rota das Grutas. Já era tarde e minha viagem estava chegando ao fim, mas eu ainda tinha uma parada antes de ir para o aeroporto.

Para finalizar esse roteiro de três dias em Belo Horizonte e região, cheguei ao Cafofo Café com Arte, que fica entre o Museu de Peter Lund e a Casa Fernão Dias. Uma casa simples e feliz, como eles mesmos falam! A Cássia, uma das proprietárias do Cafofo, é uma artista de mão cheia. Quadros estão a venda, assim como vários artesanatos, doces, licores, geléias, biscoitos e outras delícias mineiras. Em uma hora de boa prosa comi o melhor pão de queijo da viagem, tomei queimadinho de leite com gengibre, canela e açúcar, experimentei a deliciosa geléia de cachaça com pão de batata e comi um maravilhoso bolo de jabuticaba. O Cafofo Café com Arte é daqueles lugares para você ir com calma e aproveitar o momento. Vale muito a pena! Eles estão com planos de transformar o lugar em pousada, e torço muito para que a próxima vez que eu for por lá eles já estejam com a pousada em funcionamento.

Para agendar uma visita, acesse a página deles no Facebook ou ligue no 3689-8291 / 3681-6413 / 3689-0763. O endereço é: Rua Guilhermina Pereira de Freitas, 739 – em frente ao campo da Lapinha.

Em parceria com o Cafofo, a Rupestre da Lapa, uma empresa que realiza atividades de aventura pela região, organiza saídas para escaladas, caminhadas, visitas as grutas e cavernas e tours de bike. Para maiores informações basta entrar na página deles clicando aqui.

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Fotos: Átila Ximenes

Depois de ter experimentado os quitutes mineiros do Cafofo, me despedi de Minas Gerais, mas com aquele gostinho de volto em breve!

Agradeço ao Ministério do Turismo pelo convite, a Libertas pelo apoio e a todos que me receberam com tanto carinho e atenção. Nos próximos dias compartilharei um vídeo da minha viagem, que está em fase de pós-produção pelo Ministério do Turismo. Aguardem!!! 😉

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