Turismo e pegada de carbono: como viajar sem pesar no planeta

Viajar é uma das formas mais ricas de aprendizado e conexão com o mundo. Mas, à medida que o turismo se expande, cresce também a preocupação com o impacto ambiental das nossas escolhas na estrada. Um dos principais marcadores desse impacto é a pegada de carbono, quantidade de gases de efeito estufa emitidos pelas nossas ações durante uma viagem. De voos intercontinentais a compra de souvenires, cada decisão conta.

Boa parte dessas emissões vem do transporte aéreo, responsável por uma fatia significativa da poluição do setor turístico. Um único voo internacional pode gerar mais carbono do que uma pessoa comum emite em um ano inteiro de deslocamentos locais. Além disso, passeios de barco movidos a combustíveis fósseis, hospedagens com alto consumo energético, o uso de produtos descartáveis, e até mesmo a alimentação baseada em ingredientes industrializados ou importados aumentam essa conta invisível. Até os souvenires, quando produzidos em larga escala ou importados, contribuem para essa pegada.

Reduzir esse impacto não significa abrir mão das viagens, mas sim mudar a forma como nos relacionamos com elas. Uma primeira atitude é repensar o deslocamento: optar por caminhadas, bicicletas ou transporte público sempre que possível não só reduz emissões como melhora a experiência, permitindo um olhar mais atento sobre o destino. Para quem dirige, manter uma velocidade constante e evitar acelerações desnecessárias também ajuda. Já no consumo diário, trocar os descartáveis por itens reutilizáveis, como garrafas e talheres, faz diferença, especialmente em locais com alto fluxo turístico.

A escolha de restaurantes que valorizam ingredientes locais e práticas sustentáveis também é um passo importante. Mais do que uma refeição, é um gesto de apoio a quem produz com responsabilidade. E quando falamos de hospedagem, vale a pena buscar estabelecimentos que adotam medidas de eficiência energética, gestão de resíduos e uso consciente da água. São detalhes que, somados, tornam o turismo uma ferramenta de regeneração, e não de destruição.

A ‘Futuri – Aliança pelo turismo regenerativo’ atua no Extremo Sul da Bahia e possui mais de 200 aliados comprometidos com ações mais sustentáveis e regenerativas em suas operações. Conheça: https://futuribrasil.com/

Nesse cenário, o ecoturismo surge como uma alternativa promissora. Mais do que visitar ambientes naturais, ele convida o viajante a entender, respeitar e conservar os ecossistemas visitados. É uma forma de viajar com propósito, gerando benefícios tanto para quem viaja quanto para as comunidades locais e o meio ambiente.

Mas o desafio vai além das decisões individuais. É fundamental que o setor como um todo repense seus modelos. Fomentar o turismo de curta distância, que dispensa grandes deslocamentos, pode ser uma saída viável e inclusiva. Além disso, é essencial apoiar financeiramente os países e comunidades que menos contribuem para as emissões, mas já enfrentam os efeitos da crise climática. Questionar o custo ambiental dos serviços oferecidos também é parte do processo: experiências que demandam recursos em excesso ou ignoram a sustentabilidade precisam ser revistas. 

Viajar pode, e deve, ser um ato de cuidado com o planeta. Com escolhas conscientes e uma mudança de mentalidade, é possível construir um turismo mais justo, responsável e alinhado com os desafios do nosso tempo. Porque preservar os destinos que amamos é garantir que outros também possam se encantar por eles no futuro.

Seja um viajante consciente!

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Anterior
O que fazer em Belém do Pará: Museu Goeldi

O que fazer em Belém do Pará: Museu Goeldi

Morar em Belém do Pará tem sido uma experiência especial para mim

Próximo
Safári e Conservação no Cerrado: A Nossa Experiência na Pousada Trijunção

Safári e Conservação no Cerrado: A Nossa Experiência na Pousada Trijunção

Safári e Conservação no Cerrado: A Nossa Experiência na Pousada Trijunção Texto: