Todos sabemos que viajar é uma das melhores coisas que você pode fazer por você mesmo; e entre todos os benefícios, conhecer pessoas que você se identifica, que te inspiram e fazer novas amizades é um dos melhores. Foi na nossa viagem pela Ásia que conhecemos o Bruno Pinheiro, brasileiro que mora na China e estava de férias na Tailândia e coincidiu com a nossa passagem pelo país.
Há alguns dias ele nos escreveu a seguinte mensagem: “Amanhã estou embarcando para o Afeganistão!”. A nossa reação foi falar que queríamos muito saber tudo o que ele pudesse compartilhar sobre esse país que temos muita curiosidade e vontade de visitar. Esse é o primeiro relato do Bruno, que agora mesmo está em Kabul:
“Como todos podem imaginar, a decisão de se viajar a um país como o Afeganistão é repleta de incertezas e inconstâncias, afinal, o país é amplamente conhecido como um dos locais mais perigosos do mundo.
Usando tais conhecimentos como base, não foi apenas uma vez em que ouvi as pessoas indagarem “Você conhece o Afeganistão? Se sim, por quê vai viajar para lá? É perigoso!”. Ao ouvir esse tipo de pergunta, eu apenas sorria e dizia “Não sei, apenas quero conhecer.”, mas dentro de mim eu pensava “E você, conhece o Afeganistão? Você sabe o que acontece lá ou apenas acompanha os noticiários?”.
Quero deixar claro que eu nunca duvidei da falta de segurança do país, e nunca duvidei dos problemas sociais, econômicos e civis, porém, não sou o tipo de pessoa que quero limitar a minha vida devido à minha insegurança e medo. Não vou mentir e dizer que não pensei em desistir ou que senti um pequeno frio na barriga quando pisei no aeroporto de Kabul.
Agora faz quatro dias que estou em solo afegão e posso afirmar, o Afeganistão é um pais incrível, com uma história espetacular, com uma cultura rica e repleto de pessoas hospitaleiras e gentis. A presença de estrangeiros ainda é pequena no país, por isso, é inevitável atrair atenção dos nativos que distribuem sorrisos e gentilezas a todo momento possível. A minha experiência aqui ainda não acabou, mas posso afirmar com toda certeza, eu quero voltar e conhecer ainda mais desse lugar incrível, escutar histórias e aprender ainda mais com esse povo que tem muito o que ensinar.”